quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Mulheres com dificuldades para engravidar recebem milagres na Terra Santa




Depois de visitarem o lugar onde Maria teria amamentado o Menino Jesus, famílias com problemas de fertilidade são milagrosamente agraciadas com filhos. Para um frade, as cartas que chegam todos os dias à Gruta do Leite são “a prova de que Deus existe”.

Escondida atrás da Praça da Manjedoura, próxima à basílica que marca, de acordo com a tradição cristã, o lugar onde Jesus nasceu, está a Gruta do Leite. Esse é o local onde, de acordo com outra tradição, Maria amamentou o Menino Jesus e onde algumas gotas de seu leite caíram sobre as pedras, transformando a cor marrom amarelada de seu calcário macio em branco cremoso. Inspirados por uma devoção multissecular, que remonta possivelmente aos primeiros cristãos, mulheres e casais com problemas de fertilidade têm vindo a essa gruta para rezar a Nossa Senhora, na esperança de que a sua intercessão os ajude a ganhar um bebê.

Atualmente, os peregrinos podem levar para casa pequenos pacotes de pó branco extraído da gruta. Juntos, os casais realizam uma "quaresma" que inclui beber pequenas quantidades do pó e recitar uma oração. Os pacotes são vendidos a um preço simbólico, mas só podem ser adquiridos na gruta, já que a demanda seria enorme para administrar.

O irmão franciscano Lawrence Bode, zelador do santuário, tem guardado os registros dos últimos 12 anos. Ele já recebeu cerca de 4.000 cartas de casais, atribuindo o nascimento de seus filhos ao milagroso "leite em pó" extraído da gruta. O frade estima que haja o dobro de crianças cujos pais não lhe escreveram. "Na semana passada, eu fui para a caixa de correios e havia cerca de 10 fotos de bebês", ele conta. "As pessoas rezam pela cura, para que elas tenham um bebê e sejam mães. A cada dois dias, temos uma criança. É um lugar maravilhoso em que trabalhar, gerando bebês de todo o mundo. As cartas são o testemunho da evidência tangível dos milagres."

As correspondências e fotos que Lawrence guarda em fichários, e outras tantas que decoram as duas paredes do seu pequeno escritório, vêm de todos os cantos do mundo, incluindo Brasil, Argentina, Índia, Filipinas, México, Estados Unidos, Canadá, Alemanha, Sri Lanka, Bermudas, Irlanda e Espanha. Mais recentemente, o frade diz ter recebido cartas até mesmo de Taiwan e da China.

Em cada testemunho enviado ao santuário, vão registradas as dificuldades que as famílias enfrentavam para conseguir um filho. Um casal da Índia lutava para engravidar já havia 20 anos. Depois que aderiram à devoção, o marido escreveu relatando a sua imensa alegria pelo nascimento de uma menina. Um líder da comunidade episcopal dos Estados Unidos escreveu há cerca de seis anos. Ele enviou uma foto sua, trazendo no peito, orgulhoso, o seu filho recém-nascido, em um canguru. Ele e a esposa também tinham problemas de fertilidade. Da Argentina, uma jovem escreveu contando o nascimento de sua filha depois de 10 meses tentando engravidar. Dois casais da região da Palestina, que também mandaram fotos ao santuário, foram abençoados de modo especial: um teve trigêmeos; o outro, quadrigêmeos.

O irmão Lawrence diz que geralmente brinca com os casais para tomarem cuidado com a quantidade de pó que eles tomam, porque pode fazer multiplicar o número de filhos. Ele também conta – desta vez, falando sério – que nunca pergunta aos casais se eles fazem tratamento médico ao mesmo tempo em que peregrinam à gruta. O religioso reconhece que, em algumas ocasiões, pode ser o caso de um simples sucesso médico, mas assegura que a fé e as orações das famílias também podem ajudar no decorrer do processo.

Outras cartas atribuem ao mesmo "leite em pó" milagres como a cura de um câncer, de uma cegueira ou de uma paralisia. Algumas famílias – conta o irmão Lawrence – voltam ao santuário com os seus filhos para agradecer. Foi o caso dos palestinos pais de quadrigêmeos e de um casal do norte da Galiléia que recebeu a cura de uma filha que estava em coma. "É uma sensação maravilhosa saber que há esperança para os casais, para os doentes e até para quem está perdendo a fé. Eu rezo pelas pessoas que têm essa devoção todos os dias da minha vida", diz o frade. "Essa é a prova de que Deus existe. Estamos falando de milagres. Nos dias de hoje, você fala de milagres e as pessoas não acreditam."




Em vários lugares da gruta, é possível perceber buracos no teto, da largura de um dedo, sinalizando o lugar onde as pessoas rasparam um pouco do pó para levar para casa. Hoje, quem zela pelo santuário vigia para que as pessoas não tentem mais fazer isso. A Gruta do Leite sofreu uma restauração dois anos atrás, durante a qual foram removidas fuligens antigas do teto e, para acomodar grupos maiores de peregrinos, foi adicionada uma capela superior maior em cima da capela antiga, construída sobre a gruta por volta do ano de 385. O irmão Lawrence observou que, em algum momento durante as recentes reformas, armazenou-se uma considerável quantidade do pó da gruta para ser oferecida aos fiéis que vêm ao santuário. O frade acredita que há o suficiente para "durar pelo menos 100 anos".

Velho devoto da Virgem Maria desde antes de entrar na vida religiosa, Lawrence afirma que a sua devoção "triplicou" desde que ele se juntou aos franciscanos e passou a cuidar da Gruta do Leite. O religioso está convicto de que, quando as graças acontecem pela mediação de Maria e pelo uso do "leite em pó", é sempre Deus quem opera por meio dessas realidades, assim como Ele sempre agiu na história, por meio dos Seus profetas e dos próprios objetos inanimados (cf. 2 Rs 2, 9-14). "Assim como nós pomos a nossa fé em Jesus, também pomos a fé em sua mãe", explica o frade.

No primeiro dia do ano, uma Missa especial em honra a Maria é celebrada na Catedral de Santa Catarina, que fica ao lado da Basílica da Natividade. Centenas de fiéis cantam e rezam em procissão, carregando um ícone da Virgem Maria até a Gruta do Leite, onde eles recebem a bênção de um sacerdote. Com isso, os católicos cumprem a profecia evangélica que diz: "Todas as gerações me proclamarão bem-aventurada" ( Lc 1, 48).


Enquanto os cristãos só comemoram o nascimento de Jesus durante o tempo do Natal, Lawrence diz celebrar a natividade todos os dias em que nasce um bebê graças à intercessão de Nossa Senhora do Leite. "Jesus nos diz que, se temos a fé de um grão de mostarda, podemos mover uma montanha", ele afirma. "Os milagres vêm com a fé das pessoas. Não é mágica. Tem a ver com fé e a devoção de cada um."

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

SÃO JOSÉ: o homem a quem o próprio Deus chamou de pai.




O precioso depoimento de Santa Teresa de Ávila (de Jesus)  sobre a intercessão do santo carpinteiro

Uma das maiores santas da história do cristianismo, Santa Teresa d’Ávila (de Jesus), era profundamente devota a São José, considerando que, se o próprio Deus lhe obedeceu na terra como filho adotivo, também no céu Ele escuta toda prece que lhe apresentamos por intermédio do santo e humilde carpinteiro.

Compartilhamos hoje um extrato do testemunho de Santa Teresa sobre a eficácia da intercessão do santo pai adotivo de Jesus:


Livro da Vida VI, 5-8
“Quando vi o estado a que me tinham reduzido os médicos da terra e estando tão enferma em tão jovem idade, decidi recorrer aos médicos do céu e pedir-lhes a saúde, porque, muito embora suportasse a doença com tanta alegria, desejava também ser curada. Pensava que, se com saúde acabasse condenada, melhor seria ficar assim, mas também imaginava, com a saúde, ser capaz de melhor servir ao Senhor. Eis o nosso erro: não querer abandonar-nos em tudo às mãos de Deus, que sabe melhor do que nós o que nos convém. Comecei a encomendar missas e a fazer orações aprovadas (…)

Tomei então por meu advogado e patrono o glorioso São José e a ele me confiei com fervor. Este meu pai e protetor me ajudou na necessidade em que me achava e em muitas outras mais graves, em que estava em jogo a minha honra e a salvação da minha alma. Vi claramente que a sua ajuda me foi sempre maior do que eu pudesse esperar. Não me lembro de ter jamais lhe rogado uma graça sem a ter imediatamente obtido. E é coisa que maravilha recordar os grandes favores que o Senhor me fez e os perigos de alma e corpo de que me livrou por intercessão deste santo bendito.

A outros santos parece que Deus concedeu socorrer-nos nesta ou naquela precisão, mas experimentei que a todas o glorioso São José estende o seu patrocínio. O Senhor quer assim nos mostrar que, tal como esteve sujeito a ele na terra, onde ele podia comandá-lo como pai adotivo, assim também no céu atende tudo o que ele pede. E assim reconheceram, por experiência, ainda outras pessoas que a meu conselho se recomendaram ao seu patrocínio. Muitos outros se tornaram recentemente seus devotos por terem experimentado esta verdade.

Eu procurava celebrar sua festa com a máxima solenidade (…) Pela grande experiência que tenho dos favores obtidos de São José, quisera que todos se persuadissem de lhe ser devotos. Não conheci pessoa que lhe fosse verdadeiramente devota e lhe prestasse particular serviço sem fazer progressos na virtude. Ele ajuda muitíssimo quem a ele se recomenda. Há já vários anos que, no dia da sua festa, eu lhe peço alguma graça e sempre sou ouvida. Se o que peço não é tão reto, ele o ajeita para meu bem maior.


Se as minhas palavras tivessem autoridade, com gosto narraria em detalhes as graças que este glorioso santo tem concedido a mim e a outros, mas, não querendo ir além dos limites que me foram impostos, em muitas coisas serei mais breve do que gostaria e em outras mais demorada que o necessário: em suma, como quem tem pouca discrição em tudo o que é bem. Peço apenas, pelo amor de Deus, que quem não me crer faça a prova e verá por experiência quão benéfico é confiar-se a este glorioso Patriarca e lhe ser devoto”.

(Fonte: site "Aletéia")

O DIA NO QUAL O "NOITE FELIZ" TROUXE PAZ À GUERRA (assistam o vídeo)


Na noite de Natal de 1914, nas trincheiras da 1ª Guerra Mundial, os soldados alemães entoaram em sua língua o cântico "Noite Feliz". Os ingleses, reconhecendo a melodia, responderam com a versão na sua língua: "Silent Night". Depois da cantoria, um soldado alemão arriscou sair da trincheira para cumprimentar o inimigo. Um inglês fez a mesma coisa. Estabelecidas as tréguas, houve paz na terra entre os homens que poucas horas antes tentavam se matar uns aos outros.
Os inimigos comeram e beberam juntos. Trocaram lembranças. Um sacerdote inglês celebrou a Missa de Natal. Fizeram um jogo de futebol - os alemães venceram por 3 a 2.
Aqueles soldados perceberam que do outro lado estavam homens iguais a eles, criados por Deus, trazendo no coração mais vontade de amar do que de matar.

Infelizmente a Guerra não acabou ali. Mas aquelas tréguas no dia de Natal mostraram que o nascimento do Menino Jesus continua a despertar em nós o que há de mais verdadeiro e puro.



quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

FELIZ NATAL e um SANTO 2016!

     


     Amados, eis que se aproxima a grande Festa do Natal do Senhor. Que alegria para nós, que cremos na realidade da Encarnação, saber que nosso Deus nos ama tanto ao ponto de enviar seu próprio Filho, Jesus, para ser nosso Irmão e nosso Salvador, o Caminho, a Verdade e a Vida, que não deseja outra coisa a não ser que sejamos verdadeiramente livres e felizes. 

    E como nós, católicos e filhos de Teresa, somos felizes! Como sabemos que Deus nos ama com este amor individual, que nos olha com bondade e ternura, não importando nossa grande miséria. Obrigado, ó Senhor, por tanta graça e misericórdia! 

    Irmãos, elevemos ao Senhor e à Virgem Maria, a Flor do Carmelo de Santa Teresinha, ações de graças por esse ano que se encerra e o ano que se aproxima. 2015 jamais será esquecido, visto que foi o ano no qual nós nascemos.

   Obrigado, Senhor, por tanta graça! Obrigado por nos ter escolhido e fortalecido em nosso SIM. Jesus, Maria e José, pelo amor que nos tendes, abençoai cada vez mais esta nascente Comunidade. Colocai-a dentro de vossos santíssimos e puríssimos Corações. Santificai-a. 

    Que 2016, que será nosso primeiro ano de vida, seja repleto da Graça do Espírito Santo e que cada vez mais a Virgem do Carmo seja a luz a nos guiar e a Mãe que cuidará de cada um de nós. Amém!

     Um Feliz e Santo Natal e um Ano Novo cheio da presença divina em cada coração, no lar e na família de cada membro da Flor do Carmelo de Santa Teresinha bem como de cada membro do Carmelo Teresiano (frades, monjas e seculares) no Brasil. 

       São os votos do Conselho da Comunidade Flor do Carmelo de Santa Teresinha: Danielle Cabral (presidente), Artur Viana (formador), Cláudia Rodrigues (conselheira), João Paulo Matias (conselheiro), Giovani Carvalho (conselheiro), Luciana Pontes (secretária) e Sebastiana/ Nanã (tesoureira). 

SANTÍSSIMA TRINDADE: Mistério de nossa Fé.




Em inúmeras passagens dos Evangelhos, Cristo nos revelou o mistério da Santíssima Trindade, inacessível à mente humana, e mesmo à angélica.

Adão nunca poderia imaginar que o Messias anunciado para reparar seu pecado seria o próprio Filho do Altíssimo. Entretanto, assim foi: “Na plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher” (Gal 4, 4). Numa minúscula casa de Nazaré, uma jovem humilde e pura medita sobre a antiga promessa do Criador, de enviar o Messias para resgatar o povo de seus pecados e instaurar uma nova ordem de coisas. Podemos imaginá-La lendo alguma passagem da Escritura, por exemplo, esta: “Eis que uma virgem conceberá”... (Is 7, 14).

Enquanto Ela tece em sua mente elevadas conjecturas sobre como seria a pessoa do Messias, uma suave luz ilumina seu quarto, e um Anjo, transido de admiração, Lhe dirige esta saudação: “Ave cheia de graça”! (Lc 1, 28). Faz em seguida o mais inesperado dos anúncios: será Ela a Mãe do Messias, a quem tanto desejava conhecer: “O Espírito Santo descerá sobre Ti, e a força do Altíssimo Te envolverá com a sua sombra. Por isso o Menino que nascer de Ti será chamado Filho de Deus” (Lc 1, 35).

Realizou-se, dessa forma, o misericordioso desígnio do Altíssimo: o Filho de Deus, “tornando-Se participante de nossa mortalidade, nos fez participantes de sua divindade”. E os homens, para os quais o pecado fechara as portas do Paraíso Terrestre, tinham agora abertas diante de si as portas do Paraíso Celeste!


Esse relato evangélico contém a revelação dos dois maiores mistérios da Fé. Um deles, a Encarnação do Verbo, se realizava naquele instante; o outro, a existência da Santíssima Trindade, não tem princípio. Foi esse o primeiro presente concedido ao gênero humano pelo Filho do Altíssimo. Por intermédio do celeste mensageiro, confiou-o à Virgem eleita desde toda a eternidade para ser sua Mãe. Nesse episódio São Gabriel manifesta-Lhe que tudo quanto se seguirá estará marcado pela Trindade Santíssima.

Provavelmente, a narração bíblica registra apenas o resumo de um longo diálogo entre Maria e o Anjo. Nele, entretanto, o Espírito Santo fez constar a primeira alusão ao mistério trinitário. Com efeito, vê-se nas palavras do Arcanjo clara referência a cada uma das Pessoas Divinas. Começa por mencionar a Terceira Pessoa: “o Espírito Santo virá sobre Ti”. Em seguida, afirma: “a força do Altíssimo Te envolverá com sua sombra”, referência mais discreta à Pessoa do Pai, a qual ficará evidente na continuação da promessa: “o Menino que nascer de Ti será chamado Filho de Deus”. Se há um Filho, tem de haver também um Pai, é a conclusão lógica.

Temos, então, nesta passagem das Escrituras a primeira revelação do mistério da vida íntima de Deus. E é altamente simbólico o fato de ter sido feita Àquela na qual o Verbo Se encarnaria para operar a Redenção.



Batismo de Jesus: primeira manifestação pública do mistério trinitário

Mas, quem em Israel, ou mesmo na pequena Nazaré, teve conhecimento dessa realidade sublime, a não ser Nossa Senhora e São José? Tornava-se necessária uma manifestação pública de Cristo! Esta nos veio através de João Batista, o qual brilhou aos olhos de Israel como um facho de luz nas trevas da noite. “No meio de vós está quem vós não conheceis. Esse é quem vem depois de mim; e não sou digno de Lhe desatar a correia do calçado. Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1, 26.29) — declarou aos sacerdotes e levitas enviados de Jerusalém para interrogá-lo.

E quando o Mestre apresentou-Se no Jordão para ser batizado por ele, exclamou o Batista, ao vê-Lo: “Eu devo ser batizado por Ti e Tu vens a mim! Mas Jesus lhe respondeu: Deixa por agora, pois convém cumpramos a justiça completa” (Mt 3, 14-15). Cena incompreensível para quem desconhecia tratar-se do Messias. Porém, não tardou a explicação: quando Jesus saía da água, “João viu os Céus abertos e descer o Espírito em forma de pomba sobre Ele. E ouviu-se dos Céus uma voz: Tu és o meu Filho muito amado; em Ti ponho minha afeição” (Mc 1, 10-11). Daí, João não hesitar em proclamar: “Eu O vi e dou testemunho de que Ele é o Filho de Deus” (Jo 1, 34).

Aqui nos mostra o Evangelho Deus Pai manifestando Jesus aos homens como seu dileto Filho e o Messias de Israel, e pairando sobre Ele o Espírito Santo, o qual é “Deus uno e igual ao Pai e ao Filho, da mesma substância e também da mesma natureza”.




Na Transfiguração apareceu toda a Trindade

Também no relato evangélico da Transfiguração podemos observar as características de glória e beleza da Santíssima Trindade. Fato ocorrido “numa alta montanha” (Mt 17, 1): o Monte Tabor, segundo uma tradição do século IV. Jesus levou consigo Pedro, Tiago e João, aos quais manifestou “a clareza de sua Alma e de seu Corpo”, com um objetivo claro e imediato: “Era fundamental haver algumas testemunhas da glória de Jesus para sustentarem, na prova da Paixão, os Apóstolos em suas tentações”.

Como narra São Mateus, “seu rosto brilhou como o Sol, suas vestes tornaram-se resplandecentes de brancura” (Mt 17, 2). Revelou-lhes, pois, algo que se encontrava além da figura visível de seu Corpo padecente. Embora em nada tenham participado da visão beatífica, inacessível aos olhos humanos, os três Apóstolos puderam, por assim dizer, contemplar uma centelha da glória e da divindade de Jesus transparecendo em sua santa humanidade.

Mais adiante, na descrição do Evangelista, “uma nuvem luminosa os envolveu” (Mt 17, 4). Como se sabe, certos fenômenos naturais significavam para os israelitas a própria presença de Deus, o qual Se manifestava por meio de símbolos como o fogo, o vento e a nuvem. Assim, a Moisés Ele Se apresentou “na obscuridade de uma nuvem” (Ex 19, 9). Fato mais expressivo deu-se na dedicação do Templo de Salomão: “A nuvem encheu o Templo do Senhor, de modo tal que os sacerdotes não puderam ali ficar para exercer as funções de seu ministério, porque a glória do Senhor enchia o Templo” (I Rs 8, 10-11).

Portanto, sem dúvida, a “nuvem luminosa” do Tabor evidenciou para os três Apóstolos a presença divina entre eles. O Doutor Angélico no-la indica como uma figura da Terceira Pessoa da Santíssima Trindade. “Na Transfiguração, [...] apareceu toda a Trindade: o Pai na voz, o Filho no Homem, o Espírito na nuvem luminosa”.  Ensinamento acolhido no Catecismo da Igreja Católica (n.555).

Por fim, do interior dessa nuvem fez-se ouvir uma voz: “Eis o meu Filho muito amado, em quem pus toda a minha afeição; ouvi-O” (Mt 17, 5). Jesus é, pois, o Filho Unigênito, o Messias prometido, consubstancial ao Pai e participante de seu Ser e de suas obras. Com essa declaração do Pai, o esplendor divino do Filho e a manifestação do Espírito Santo numa nuvem, a Santíssima Trindade Se revela de modo claro.

O que terão entendido dessa manifestação os três Apóstolos? Terão feito perguntas ao Mestre? Quais terão sido as respostas? Infelizmente, a sintética narração bíblica nada registra sobre tais detalhes. Mas ela contém o suficiente para não deixar dúvida a respeito de um ponto: aos católicos de todos os tempos, a cena da Transfiguração apresenta Jesus como o Filho Único de Deus a Quem todos devem escutar.

Por ocasião do Batismo no Jordão, a voz do Pai dirige-se a Jesus, para instituí-Lo em sua missão redentora: “Tu és o meu Filho muito amado; em Ti ponho minha afeição” (Mc 1, 11). No Tabor, dirige-se aos Apóstolos, dando-lhes a categórica ordem de prestar ouvidos à palavra de Cristo: “Ouvi-O”.

Jesus, Filho de Deus

Em diversas ocasiões Jesus chama a Deus de Pai. Na parábola dos agricultores assassinos (cf. Lc 20, 9-19), manifesta com clareza como tinha noção de sua filiação divina. Com efeito, o proprietário da vinha, símbolo do próprio Deus, enviou um após outro seus servos, os profetas, com a incumbência de receber a parte da colheita devida ao arrendador. Os agricultores desprezaram, espancaram e maltrataram todos os enviados. O senhor da vinha tomou então esta decisão extrema: “Mandarei meu Filho amado, talvez o respeitem” (Lc 20, 13). E eles o mataram! O tema desta parábola servia ao Divino Mestre para levar seus ouvintes a compreenderem o mau comportamento dos israelitas em relação aos mensageiros enviados por Deus, os profetas. Atitude levada ao último extremo pelos sumos sacerdotes, com o deicídio.

Também quando expulsa do Templo os vendilhões, Jesus fala como Filho do Senhor do Templo: “Tirai isto daqui e não façais da casa de meu Pai uma casa de negociantes” (Jo 2, 16). E com um chicote trançado por suas próprias mãos põe em fuga a multidão de comerciantes!

Mas esse Jesus que castigava com tanta energia, sabia compadecer-Se dos sofredores. Tendo subido a Jerusalém por ocasião de uma festa judaica, passou perto da piscina de Betesda, em cujos pórticos se encontravam muitos enfermos à espera da chegada de um Anjo do Senhor que de tempos em tempos descia e movimentava a água. Ansiosa expectativa, pois o primeiro a tocar a água em movimento logo ficava curado de sua enfermidade. Jesus viu deitado ali um homem que estava paralítico havia 38 anos e, num gesto de carinho e compaixão, disse-lhe: “Levanta- -te, pega tua cama e anda” (Jo 5, 8). Grande foi a surpresa de todos quantos assistiram à cena e comprovaram a alegria do miraculado.

Os fariseus, porém, acusaram o Mestre de estar violando a Lei, por ter curado em dia de sábado. Deram-Lhe, assim, excelente ocasião de manifestar sua filiação divina. Para refutar a argumentação farisaica, respondeu-lhes Ele: “As obras que meu Pai Me deu para executar — essas mesmas obras que faço — testemunham a meu respeito que o Pai Me enviou. E o Pai que Me enviou, Ele mesmo deu testemunho de Mim” (Jo 5, 36-37). Mais uma vez, Jesus Se revela a todos como Filho de Deus. “Nessa relação de Deus Pai com o Filho, São João O destaca com a denominação ‘Filho Unigênito’ (monogenê, Jo 1, 14.18; 3, 16.18; I Jo 4, 9). Isto indica pelo menos três coisas: Jesus é gerado pelo Pai, é Filho Único e é igual ao Pai, pois, por meio de Jesus, Deus Se revelou como Pai”.


“Quem Me viu, viu o Pai”

Diante dos Apóstolos, entretanto, essa revelação desvenda um aspecto novo. Quando Filipe pede a Jesus: “Senhor, mostra-nos o Pai” (Jo 14, 8), Ele o repreende suavemente: “Há tanto tempo estou convosco e não Me conheces? Quem Me viu, viu o Pai. Como, pois, dizes ‘Mostra-nos o Pai’... Não credes que estou no Pai, e o Pai está em Mim? As palavras que vos digo, não as digo de Mim mesmo; mas o Pai, que permanece em Mim, é que realiza as suas próprias obras. Crede-Me: estou no Pai, e o Pai em Mim” (Jo 14, 9-11). Ou seja, Ele e o Pai têm a mesma natureza divina e são inseparáveis.

Não pode ser esquecido o modo, pervadido de ternura e confiança, de Jesus tratar a Deus Pai, dando-Lhe o apelativo familiar de “Aba” (“Papai”, em aramaico), no pungente episódio do Getsêmani, marco inicial de sua Paixão: “Adiantando-Se alguns passos, prostrou-Se com a face por terra e orava que, se fosse possível, passasse d’Ele aquela hora. Aba! (Pai!), suplicava Ele. Tudo Te é possível; afasta de Mim este cálice! Contudo, não se faça o que Eu quero, senão o que Tu queres” (Mc 14, 35-36).

Não deixa de ser curioso, ademais, que, quando Se reza a Deus, Jesus nunca O chama de Deus, mas sim de Pai. Usa o termo Deus quando fala d’Ele diante dos outros, mas não em sua oração pessoal. Só o faz na Cruz: ‘Meu Deus, meu Deus, por que Me abandonaste?” (Mc 15, 34). Mas aqui, como sabemos, está recitando o salmo 21.

Ao declarar-Se Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo Se identifica plenamente com a divindade. Não se trata de uma filiação simbólica ou adotiva, como a dos outros homens por Ele justificados. De tal forma está convicto de sua divindade, que chega a condicionar a salvação à fé em sua Pessoa: “Quem crê no Filho tem a vida eterna. Quem, porém, recusa crer no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele” (Jo 3, 36). Dessa forma, Jesus vai revelando a sua relação filial com Deus Pai. Mostra sua dignidade de Filho Unigênito, como Ele mesmo declara na conversa noturna com Nicodemos: “Com efeito, de tal modo Deus amou o mundo, que lhe deu seu Filho Único” (Jo 3, 16).




O Espírito Santo, o Consolador

São numerosas no Antigo Testamento as referências ao “Espírito de Deus” e ao “Espírito do Senhor”. Por exemplo, no primeiro dia da Criação, “o espírito de Deus pairava sobre as águas” (Gn 1, 2). No cimo do Monte Fagor, o Espírito de Deus desceu sobre Balaão e o fez abençoar Israel (cf. Nm 24, 2). Em suas últimas palavras, proclama o Rei Davi: “O Espírito do Senhor fala por mim, sua palavra está na minha língua” (II Sm 23, 2). E o Livro da Sabedoria canta: “O Espírito do Senhor enche o universo” (Sb 1, 7). Todavia, estas duas expressões não significam, na Antiga Aliança, uma Pessoa distinta no seio da divindade. Nosso Senhor Jesus Cristo é Quem nos revelará a personalidade divina do Paráclito, cuja manifestação pública se patenteará com o maior esplendor na descida sobre Maria Santíssima e os Apóstolos, em Pentecostes.

Na Última Ceia, pouco antes de dirigir-Se ao Horto para iniciar a Paixão, Jesus deu-lhes uma garantia: “O Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ensinar-vos-á todas as coisas e vos recordará tudo quanto vos tenho dito” (Jo 14, 26).

Vendo como a tristeza enchia o coração dos Apóstolos ante a perspectiva dos iminentes acontecimentos por Ele anunciados, explicou-lhes o Mestre: “Convém a vós que Eu vá! Porque, se Eu não for, o Paráclito não virá a vós; mas se Eu for, vo-Lo enviarei” (Jo 16, 7). E acrescentou pouco adiante: “Quando vier o Paráclito, o Espírito da Verdade, ensinar-vos-á toda a verdade” (Jo 16, 13).

No dia de sua Ascensão aos Céus, Cristo prometeu comunicar aos Apóstolos um espírito de fortaleza: “Eu vos mandarei o Prometido de meu Pai; entretanto, permanecei na cidade, até que sejais revestidos da força do Alto” (Lc 24, 49). Proclama, assim, a estreita participação do Espírito Santo em sua missão redentora, conferindo, por um movimento interior e vivificador nas almas, os meios sobrenaturais necessários para os homens atingirem os gloriosos fins da Redenção.


Pentecostes, luz sobre o mistério trinitário

Entretanto, todas as afirmações do Divino Mestre antes da Paixão não foram suficientes para iluminar a mente dos Apóstolos. Arraigados às tradições de seus antepassados, era-lhes difícil admitir a existência de Três Pessoas em um Deus único.

Em sua aparição aos Onze Apóstolos na montanha da Galileia, algum tempo após a Ressurreição, o Divino Mestre referiu-Se de modo claro e inequívoco à Trindade: “Ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28, 19). Mas só mesmo com a descida do Paráclito, em Pentecostes, tornaram-se claras para eles estas palavras do Salvador. Contêm elas a mais explícita formulação do mistério da Trindade, pois o próprio Jesus, quando manda batizar “em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”, afirma a existência de um Deus em três Pessoas: distintas entre Si, mas constituindo uma só unidade substancial.

Diante desse belo e misterioso panorama revelado por Nosso Senhor, cabe-nos aspirar ao convívio eterno com a Trindade no Céu, cantando a sua glória, como Santo Agostinho em sua oração: “Quando, pois, estivermos em vossa presença, cessarão ‘estas palavras que repetimos sem entender’, e sereis para sempre tudo em todos (cf. I Cor 15, 28). E Vos louvaremos por toda a eternidade, cantando numa só voz, unidos todos em Vós”.


(Diácono Lucas Alves Gramiscelli, EP; Revista Arautos do Evangelho, Junho/2014, n. 150, pp.16 à 20)










terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Padre converte sua paróquia por causa do uso da batina.








“Levar a Deus todas as almas que seja possível”. O padre Michel Marie Zanotti Sorkine tomou esta frase a sério, e é o seu principal o objetivo como sacerdote.

É o que está a fazer depois de ter transformado uma igreja a ponto de fechar e de ser demolida na paróquia com mais vida de Marselha. O mérito é ainda maior dado que o templo está no bairro com uma enorme presença de muçulmanos numa cidade em que menos de 1% da população é católica praticante.


Foi um músico de sucesso
A chave para este sacerdote que antes foi músico de êxito em cabarés de Paris e Montecarlo é a “presença”, tornar Deus presente no mundo de hoje. As portas da sua igreja estão abertas de par em par o dia inteiro e veste de batina porque “todos, cristãos ou não, têm direito a ver um sacerdote fora da igreja”.


Na Missa: de 50 a 700 assistentes
O balanço é impressionante. Quando em 2004 chegou à paróquia de São Vicente de Paulo, no centro de Marselha, a igreja estava fechada durante a semana e a única missa dominical era celebrada na cripta para apenas 50 pessoas. Segundo o que conta, a primeira coisa que fez foi abrir a igreja todos os dias e celebrar no altar-mor. Agora a igreja fica aberta quase todo o dia e é preciso ir buscar cadeiras para receber todos os fiéis. Mais de 700 todos os domingos, e mais ainda nas grandes festas. Converteu-se num fenômeno de massas não só em Marselha, mas em toda a França, com reportagens nos meios de comunicação de todo o país, atraídos pela quantidade de conversões.


Um novo “Cura de Ars” numa Marselha agnóstica
Uma das iniciativas principais do padre Zanotti Sorkine para revitalizar a fé da paróquia e conseguir a afluência de pessoas de todas as idades e condições sociais é a confissão. Antes da abertura do templo, às 8h da manhã, já há gente à espera para poder receber este sacramento ou para pedir conselho a este sacerdote francês.

Os fiéis contam que o padre Michel Marie está boa parte do dia no confessionário, muitas vezes até depois das 23 horas. E se não está lá, anda pelos corredores ou na sacristia consciente da necessidade de que os padres estejam sempre visíveis e próximos, para ir em ajuda de todo aquele que precisa.

A igreja sempre aberta
Outra das suas originalidades mais características é a ter a igreja permanentemente aberta. Isto gerou críticas de outros padres da diocese, mas ele assegura que a missão da paróquia é “permitir e facilitar o encontro do homem com Deus” e o padre não pode ser um obstáculo para que isso aconteça.

O templo deve favorecer a relação com Deus
Numa entrevista a uma televisão, disse estar convencido de que “se hoje em dia a igreja não está aberta é porque de certa maneira não temos nada a propor, que tudo o que oferecemos já acabou. No nosso caso em que a igreja está aberta todo o dia, há gente que vem; praticamente nunca tivemos roubos; há gente que reza e garanto que a igreja se transforma em instrumento extraordinário que favorece o encontro entre a alma e Deus”.


Foi a última oportunidade para salvar a paróquia
O bispo mandou-o para esta paróquia como último recurso para a salvar, e fê-lo de modo literal quando lhe disse que abrisse as portas. “Há cinco portas sempre abertas e todo o mundo pode ver a beleza da casa de Deus”. Cerca de 90.000 carros e milhares de transeuntes passam diariamente e vêem a igreja aberta e com os padres à vista. Este é o seu método: a presença de Deus e da sua gente no mundo secularizado.

 

A importância da liturgia e da limpeza
E aqui está outro ponto chave para este sacerdote. Assim que tomou posse, com a ajuda de um grupo de leigos renovou a paróquia, limpou-a e deixou-a resplandecente. Para ele este é outro motivo que levou as pessoas a voltarem à igreja: “Como é podemos querer que as pessoas acreditem que Cristo vive num lugar se esse lugar não estiver impecável? É impossível.”
Por isso, as toalhas do altar e do sacrário têm um branco imaculado. “É o pormenor que faz a diferença. Com o trabalho bem feito damos conta do amor que manifestamos às pessoas e às coisas”. De maneira taxativa assegura: “Estou convicto que quando se entra numa igreja onde não está tudo impecável, é impossível acreditar na presença gloriosa de Jesus”.
A liturgia torna-se o ponto central do seu ministério e muitas pessoas sentiram-se atraídas a esta igreja pela riqueza da Eucaristia. “Esta é a beleza que conduz a Deus”, afirma.
As missas estão sempre cheias e incluem procissões solenes, incenso, cânticos bem cantados… Tudo ao detalhe. “Tenho um cuidado especial com a celebração da Missa para mostrar o significado do sacrifício eucarístico e a realidade da sua Presença”. “A vida espiritual não é concebível sem a adoração do Santíssimo Sacramento e sem um ardente amor a Maria”, por isso introduziu a adoração e o terço diário, rezado por estudantes e jovens.
Os sermões são também muito aguardados e, inclusive, os paroquianos põem-nos online. Há sempre uma referência à conversão, para a salvação do homem. Na sua opinião, a falta desta mensagem na Igreja de hoje “é talvez uma das principais causas de indiferença religiosa que vivemos no mundo contemporâneo”. Acima de tudo, clareza na mensagem evangélica. Por isso previne quanto à frase tão gasta de que “vamos todos para o céu”. Para ele esta é uma “música que nos pode enganar”, pois é preciso lutar, a começar pelo padre, para chegar até ao Paraíso.


O padre da batina
Se alguma coisa distingue este sacerdote alto num bairro de maioria muçulmana é a batina, que veste sempre, e o terço nas mãos. Para ele é primordial que o padre ser descoberto pelas pessoas. “Todos os homens, a começar por aquela pessoa que entra numa igreja, tem direito de se encontrar com um sacerdote. O serviço que oferecemos é tão essencial para a salvação que o ver-nos deve ser tangível e eficaz para permitir esse encontro”.

Deste modo, para o padre Michel o sacerdote é sacerdote 24 horas por dia. “O serviço deve ser permanente. Que pensaríamos de um marido que a caminho do escritório de manhã tirasse a aliança?”.

Neste aspecto é muito insistente: “Quanto àqueles que dizem que o traje cria uma distância, é porque não conhecem o coração dos pobres para quem o que se vê diz mais do que o que se diz”.

Por último, lembra um pormenor relevante. Os regimes comunistas a primeira coisa que faziam era eliminar o traje eclesiástico sabendo a importância que tem para a comunicação da fé. “Isto deve fazer pensar a Igreja de França”, acrescenta.

No entanto, a sua missão não se realiza apenas no interior do templo. É uma personalidade conhecida em todo o bairro, também pelos muçulmanos. Toma o café da manhã nos cafés do bairro, aí conversa e com os fiéis e com pessoas que não praticam. Ele chama a isso a sua pequena capela. Assim conseguiu já que muitos vizinhos sejam agora assíduos da paróquia, e tenham convertido esta igreja de São Vicente de Paula numa paróquia totalmente ressuscitada.


Uma vida peculiar: cantor em cabarés
A vida do padre Michel Marie foi agitada. Nasceu em 1959 e tem origem russa, italiana e da Córsega. Aos 13 anos perdeu a mãe, o que lhe causou uma “fratura devastadora” que o levou a unir-se ainda mais a Nossa Senhora.

Com um grande talento musical, apagou a perda da mãe com a música. Em 1977 depois de ter sido convidado a tocar no café Paris, de Montecarlo, mudou-se para a capital onde começou a sua carreira de compositor e cantor em cabarés. No entanto, o apelo de Deus foi mais forte e em 1988 entrou na ordem dominicana por devoção a S. Domingos. Esteve com eles quatro anos, e perante o fascínio por S. Maximiliano Kolbe passou pela ordem franciscana, onde permaneceu quatro anos.

Foi em 1999 quando foi ordenado sacerdote para a diocese de Marselha com quase quarenta anos. Além da música, que agora dedica a Deus, também é escritor de êxito, tendo publicado já seis livros, e ainda poeta.


Fonte: Site Comunidade Corpus Christi

Sobre o assunto, ler também: http://www.padresanto.com.br/?cat=1&id=127







segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Beata Teresa de Calcutá e o milagre para a sua futura canonização: identificado o miraculado.

Brasileiro curado por milagre atribuído à Madre Teresa é identificado. Segundo a agência católica de notícias Zenit, o paulista Marcilio Haddad Andrino apresentava oito abscessos no cérebro e acordou bem de saúde, antes da cirurgia, enquanto sua mulher orava para a madre.

A agência de notícias italiana Zenit afirma ter identificado o homem que teria sido beneficiado pelo segundo milagre atribuído à madre Teresa de Calcutá pelo Vaticano.

Segundo a reportagem da agência católica de notícias, o beneficiado foi o engenheiro paulista Marcilio Haddad Andrino, 42, nascido em Santos e que hoje mora no Rio.

Na última sexta, 18, o papa Francisco reconheceu o milagre, que permite que a madre seja considerada uma santa.

“A minha experiência profissional me colocou outras vezes diante de fenômenos difíceis de explicar desde o ponto de vista científico, mas o que aconteceu em 2008 com um engenheiro brasileiro é realmente incrível”, diz o neurologista italiano Carlo Jovine, que participou da comissão médica que o Vaticano encarregou de analisar cientificamente a cura de Marcilio.

Em dezembro de 2008, Marcilio, então com 35 anos, ficou doente de repente e teve que voltar da lua de mel às pressas para ser internado de urgência em Santos, de acordo com a reportagem publicada no sábado, 19.

Segundo o relato do médico no artigo, ele apresentava oito abscessos no cérebro -áreas infeccionadas, por origem bacteriana ou viral, que provocam a destruição dos tecidos e a produção de pus dentro do encéfalo.

Para a Igreja Católica, houve um milagre porque o engenheiro acordou bem de saúde no hospital, antes da cirurgia, enquanto sua mulher fazia orações intensas para a madre Teresa de Calcutá.

De acordo com a reportagem, Marcilio hoje trabalha, tem duas filhas, e é totalmente autônomo e independente. Para Jovine, “não há precedentes”. Ele diz que “de um só abscesso cerebral se pode recuperar, mas com oito abscessos e um quadro de hidrocefalia aguda, a porcentagem de óbitos é praticamente 100%”.


Segundo o neurologista, “é necessário concluir que estamos diante de um evento cientificamente inexplicável, que sucedeu de forma decisiva, instantânea, duradoura e total. E isso para a Igreja é o equivalente a um milagre”


(Fonte: http://www.opovo.com.br/app/opovo/brasil/2015/12/21/noticiasjornalbrasil,3552126/brasileiro-curado-por-milagre-atribuido-a-madre-teresa-e-identificado.shtml)

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Celebração do Natal - 12/12

A Comunidade Flor do Carmelo de Santa Teresinha celebrou, no último sábado (28/12), o seu Natal juntamente com a Comunidade Rainha do Carmelo. A festa de confraternização ocorreu nas dependências do Carmelo Santa Teresinha e reuniu os membros das duas comunidades além de familiares, parentes e amigos. O tema da festa foi: o Natal nos revela o Rosto da Misericórdia.

Tema Central da Festa de Natal




A oração inicial foi conduzida pelas presidentes Mônica Dodt (Rainha do Carmelo) e Danielle Meirelles (Flor do Carmelo de St. Teresinha).


Mônica e Danielle iniciando a Confraternização.







Na ocasião, a comunidade apresentou um Auto de Natal intitulado "Cirandeira do Menino Deus". A história do nascimento de Jesus foi contada a partir da realidade do sertanejo do nordeste do Brasil. 

Cenário Principal do Auto

Entrada dos Atores

José e Maria

Maria, luz para a humanidade.

O anjo Gabriel.

O trovador concluindo o Auto.

Elenco reunido ao final do Auto.

Grande ciranda de encerramento.

Após a apresentação, todos comemoraram o nascimento de Jesus. Foram comemorados os aniversariantes do último trimestre e logo após, foi dado prosseguimento ao sorteio dos anjos para o ano de 2016.

Aniversariantes do último trimestre do ano.

Danielle e Giovani


Olga e Danielle

Louvamos à Deus todas as maravilhas que Ele nos fez em 2015 e rogamos à sua Misericórdia por todos os trabalhos que desenvolveremos no ano que logo se iniciará.