domingo, 29 de janeiro de 2017

Início do Ano Formativo 2017: Reunião em 28/01/17

A Comunidade Flor do Carmelo de Santa Teresinha iniciou o ano formativo de 2017 com a reunião do dia 28/01 às 14:30 na Ermida São José no Carmelo Santa Teresinha. 
A oração inicial foi conduzida pela nossa presidente Danielle que ressaltou o Ano Mariano no Brasil e convidou cada membro a fazer uma consagração pessoal e comunitária à Nossa Senhora do Carmo, rainha e formosura do Carmelo. 
Cada membro da comunidade aproximou-se do altar e de maneira silenciosa fez a sua oração pessoal. Logo em seguida, foi realizada uma partilha sobre o que cada um espera do ano de 2017 na comunidade e ao mesmo tempo partilhando sua experiência de caminhada na OCDS e no Carmelo. Foi um momento de autoconhecimento e fraternidade entre  os membros. 
Após a partilha, tivemos o recreio carmelitano com muita alegria e animação. 
Retornando à formação, nosso formador Artur iniciou o livro de Formação com o Capítulo 1 - Liturgia das Horas relembrando e acrescentando tópicos sobre o assunto que já foi trabalhado no ano passado. A comunidade participou da formação elaborando perguntas, tirando dúvidas e comentando sobre a temática.
Finalizando a reunião, rezamos as Vésperas e cantamos a Salve Regina! 


Oração Inicial

Santa Teresa e Santa Teresinha


Quadrantes da Comunidade.


Nossa Senhora do Carmo,
rogai por nós!

São João da Cruz, rogai por nós!

Partilha.




Apresentação dos encaminhamentos
do Congresso Norte Nordeste 2017.

Formação Principal: Liturgia das Horas
- Artur Viana




Oração das Vésperas!




segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

SANTA MISSA e seus quatro fins.






Para muitos, um “preceito” ou uma “obrigação” semanal. Para outros tantos, apenas uma “assembleia” ou “reunião” de fiéis. Outros, cheios de boa vontade, consideram-na apenas um momento de “louvar a Deus” e de pedir “curas e libertação”.
A Santa Missa: centro da Liturgia Católica, muitas vezes é mal interpretada ou subestimada... Qual serão mesmo os fins de cada Santa Missa? O que verdadeiramente a Missa é para a Fé e Doutrina Católica?

O Catecismo da Igreja Católica dedica vários parágrafos na definição e estudo sobre a Santa Missa. Trago aqui alguns que a definem de forma mais concisa e profunda:

1330  Memorial da Paixão e da Ressurreição do Senhor. Santo Sacrifício, porque atualiza o único sacrifício de Cristo Salvador e inclui a oferenda da Igreja; ou também santo sacrifício da Missa, “sacrifício de louvor” (Hb 13,15), sacrifício espiritual, sacrifício puro e santo, pois realiza e supera todos os sacrifícios da Antiga Aliança.

1382 A Missa é ao mesmo tempo e inseparavelmente o memorial sacrifical no qual se perpetua o sacrifício da cruz, e o banquete sagrado da comunhão no Corpo e no Sangue do Senhor. Mas a celebração do Sacrifício Eucarístico está toda orientada para a união íntima dos fiéis com Cristo pela comunhão. Comungar é receber o próprio Cristo que se ofereceu por nós.

Vemos, assim, que a Santa Missa é sim “assembleia dos fiéis”, é momento no qual o povo de Deus se reúne em torno da “mesa do Senhor”, porém, muito mais do que isso, a Missa é memorial da Paixão do Senhor, é momento sagrado no qual é atualizado o único sacrifício de Cristo em sua Paixão e Morte.

Assim, como o Cordeiro Imolado é novamente e misticamente, de forma incruenta, oferecido ao Pai, o Santo Sacrifício da Missa tem os mesmos objetivos que teve o Santo Sacrifício de Cristo na Cruz. E, quais foram esses objetivos?




Latria ou Adoração a Deus

Este é o fim latrêutico da Santa Missa. Do grego “latría”, quer dizer precisamente adoração, louvor a Deus em reconhecimento da Sua Divindade, louvor a Deus por ser Deus, mas não apenas de modo “genérico”, do jeito que se pode louvar a Deus em qualquer local e momento, mas sim com a consciência de que, na Santa Missa, Deus está presente real e fisicamente na Eucaristia, que é o Seu Corpo e Sangue entregues por amor a nós a fim de nos salvar do pecado e da morte.


Eucaristia ou Ação de graças

É o próprio significado da palavra “Eucaristia”, que vem do grego e quer dizer “agradecimento”. Este é o fim eucarístico da Santa Missa: agradecer, dar graças! A Santa Missa é Eucaristia, é agradecimento, é ação de graças a Deus por tudo o que recebemos dele – principalmente por recebermos a Ele próprio! Deus mesmo nos deu o dom de lhe agradecer dignamente ao tornar possível que, na Missa, lhe ofereçamos ninguém menos que o próprio Jesus Cristo em ação de graças!


Expiação ou Reparação 

Também chamada propiciação ou expiação, é o fim propiciatório da Santa Missa: trata-se do ato de reparar o sofrimento que causamos a Deus quando, com nossos pecados, nos afastamos voluntariamente do Seu Amor. Só Jesus Cristo pode expiar condignamente, pelo Seu Sacrifício, as ofensas feitas a Deus. A Missa é sacrifício expiatório porque torna presente, na Eucaristia, o próprio Cristo em estado de vítima, com o Seu Corpo entregue por nós e o Seu Sangue derramado para nos lavar dos nossos pecados. “Este é o meu Sangue, que será derramado por muitos para a remissão dos pecados” (cf. Mt 26, 28).


Impetração ou Petição

Também chamada impetração, é o ato de rogar a Deus e lhe apresentar as nossas súplicas e preces. Este é o fim impetratório da Santa Missa. Jesus Cristo vive e intercede por nós, apresentando ao Pai a sua Paixão. Se já temos a promessa firme de alcançar tudo o que pedimos a Deus em nome de Jesus (cfr. Jo 16, 23), muito maior deve ser a nossa confiança se oferecemos a Deus o Seu próprio Filho que nos ama! Além de ser a prece de Cristo mesmo, a Santa Missa também é prece da Igreja, que une as suas súplicas às dele.

Assim, somos todos convidados a nos imbuirmos de santos sentimentos e considerações todas as vezes que participarmos da Santa Missa. Não se trata de uma “reunião” qualquer e nem somente de um “momento de louvor”, mas, de assistirmos e participarmos de Mistérios Sagrados, que de forma invisível e sacramental se renovam em cada Santa Missa.

Ali, de forma mística e incruenta, Cristo novamente é sacrificado ao Pai. Ali, a Pessoa de Cristo adora, agradece, repara e suplica perante a Pessoa do Pai. Peçamos ao Espírito Santo que toque em nossos corações, que nos tire das trevas da preguiça, da tibieza e do indiferentismo.

Que possamos participar de cada Missa com os corações compungidos, devotos, piedosos e cheios de gratidão por esse Deus que nos ama da tal forma e maneira que chega ao ponto da “loucura de amor”, sacrificando-se ao extremo para a salvação de nossas almas. 


Agora, resumindo: se alguém nos perguntar, a nós católicos, quais os objetivos do Sacrifício da Missa, podemos responder sem titubear:

    1. Latrêutico

2. Eucarístico
3. Expiatório
4. Impetratório

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

SÃO CIRÍACO ELIAS CHAVARA, Presbítero e Fundador.



Ciríaco Elias Chavara nasceu em 10 de fevereiro de 1805. Filho de Pais piedosos, foi levado à igreja Sírio-Malabar, em Kainakary (Índia), tendo sido batizado no oitavo dia após seu nascimento, conforme o costume local.
 Entre os cinco e dez anos de idade, frequentou a escola do vilarejo (Kalari), onde foi educado e submetido aos estudos das línguas e diferentes dialetos, bem como às ciências elementares. Seu orientador era um professor hindu, de nome Asan.  Inspirado pelo desejo ardente de tornar-se um sacerdote, ingressou nos primeiros estudos sob a orientação do pároco da igreja de São José.
No ano de 1818, quando tinha 13 anos de idade, o menino Ciríaco ingressou no seminário de Pallipuran,  e teve como reitor Tomás Palackal.  Sua ordenação sacerdotal deu-se em 29 de  novembro de 1829, quando tinha 24 anos de idade, tendo celebrado sua primeira missa na igreja de Chennankari.
Logo após sua ordenação, foi-lhe, primeiramente, destinado o ministério pastoral. Entretanto, assim que pôde, retornou ao seminário de origem para pregar e também assumiu as funções de substituir o reitor Tomás Palackal,  quando de  sua ausência.   Desta forma, juntou-se a Tomás Palackal e Tomás Porukara, que estavam planejando a formação de uma congregação religiosa.

Em 1830 recebeu a missão de ir para Mannanam, a fim de construir a primeira casa da congregação, cuja pedra  fundamental foi lançada no dia 11 de maio de 1831. Com a morte de ambos os idealizadores da congregação, Ciríaco  assumiu com empenho resoluto a liderança para o seu estabelecimento. No dia 8 de dezembro de 1855, festa da Imaculada Conceição, fez a profissão religiosa junto com outros dez companheiros. Estava assim, consolidada, a Congregação dos Carmelitas de Maria Imaculada. Permaneceu como prior-geral de todos os monastérios da Congregação no período compreendido entre 1856 até sua morte, em 1871.

Combateu heroicamente a igreja de Kerala de um grande cisma que atingiu a Igreja local no ano de 1861.  Com a supressão das sedes de Cranganor e Cochin, por decisão do Papa Gregório XVI muitos anos antes (1838), todos os católicos malabares passaram a ser subordinados da Sede de Verapoli. Durante este período, cismáticos que defendiam a manutenção de ritos indianos/orientais nas cerimônias da Igreja, tiveram de suportar contrariados às ordens de uma autoridade de rito latino e acabaram tentando estabelecer um prelado próprio por intercessão do patriarca caldeu José Audo VI. Este lhe mandou, em 1861,  um bispo caldeu de nome Tomás Rokos que, sem autoridade eclesiástica reconhecida por Roma,  tentou inutilmente impor liderança e autoridade sob a comunidade católica local. Pela resistência que encontrou, principalmente pela atuação brilhante de Ciríaco, que manteve e difundiu fidelidade a Roma, a  autoridade de Tomás Rokos não foi reconhecida, tendo de  retornar para seu local de origem.  Em decorrência dos fatos,  Ciríaco Elias Chavara foi nomeado como Vigário-Geral da Igreja Sírio-Malabar pelo Arcebispo de Verapolly.

Por isto, desde aquele tempo até hoje, é reconhecido pela  comunidade católica e pelos mais altos dignitários da Igreja como defensor da Igreja de Cristo, pela sua incansável e árdua luta pelo  respeito e fidelidade a Roma,  especialmente sua histórica  liderança,  rápida e  eficaz no combate à infiltração cismática de Tomás Rokos.
O cisma, embora não tenha prevalecido, deixou rastros de malignas divisões, que persistem até hoje na região. Isto porque, três anos após a morte de São Ciríaco (1874), um bispo, de nome Mar Elias Mellus, recusando-se a  obedecer às ordens  de Roma, formou uma comunidade  independente, denominados "melusinos",  cujos seguidores  totalizam  cerca de  cinco mil nos dias de hoje.
Se a igreja católica possui base em grande parte daquelas comunidades, deve-se isto ao no grande  Santo. Não fosse seu empenho e o apoio de católicos iluminados por Deus, certamente o catolicismo estaria hoje extinto na região.
Após contrair doença de curta duração, porém, extremamente dolorosa, Ciríaco Elias Chavara entregou santamente sua alma a  Deus, como mencionamos,  no ano de 1871, na cidade de Koonammavu, próximo de Kochi,  preservado em  sua inocência batismal. Será canonizado em dezembro de 2014 pelo Santo Padre o Papa Francisco.


Aparição de São Ciríaco a Santa Alfonsa, clarissa indiana, gravemente
enferma, curando-a completamente. 



Sua espiritualidade

O padre Chavara encarna a espiritualidade da Índia, que é um povo com uma grande cultura e uma rica espiritualidade. A espiritualidade está ali viva, e contagia a quantos sabem penetra-la e encarnar-se nela.
Espiritualidade inicialmente sacerdotal (aqui falamos de seu profundo amor ao Sagrado) e depois monacal.
A espiritualidade de São Ciríaco Elias é profundamente carmelitana:
1.    Vida de oração e intimidade divina.
2.    Terna e filial devoção por Maria Santíssima, principalmente através das invocações “Imaculada” e “Virgem do Carmo”.

O São Ciríaco foi, sobretudo, um homem de constante oração, de caridade fervente, concreta, que o mantiveram em estreita união com o Senhor, em meio de tantas atividades religiosas e sociais.
A espiritualidade de São Ciríaco Chavara evoca “múltiplas iniciativas apostólicas”, sobretudo na linha da unidade cristã frente ao cisma e à heresia, como cultor do rito católico Siro-Malabárico.


Sua mensagem
• Que ardamos de zelo pelas almas.
• Que enriqueçamos a vida de nossa comunidade.
• Que o espírito “eliano” guie nossas almas.
• Que lutemos (e rezemos) pela união das igrejas...


Oração


Deus, nosso Pai, suscitastes São Ciríaco Elias Chavara, vosso presbítero, para consolidar a unidade da Igreja, concedei-nos, por sua intercessão, que, iluminados pelo Espírito Santo, possamos discernir sabiamente os sinais dos tempos e difundir, por palavras e obras, o anúncio do Evangelho entre os homens. Por nosso Senhor Jesus Cristo na unidade do Espírito Santo. Amém.