terça-feira, 28 de março de 2017

Santa Teresa de Jesus,Mística



SANTA TERESA DE JESUS
Morro por que não morro

Vivo sem viver em mim,
E tão alta vida espero,
Que morro porque não morro.

Vivo já fora de mim,
Desde que morro d’Amor
Porque vivo no Senhor

Que me escolheu para Si;
Quando o coração Lhe dei
Com terno amor lhe gravei:

Que morro porque não morro.
Esta divina prisão
Do grande amor em que vivo,

Fez a Deus ser meu cativo,
E livre o meu coração;
E causa em mim tal paixão

Ser eu de Deus a prisão,
Que morro porque não morro.
Ai que longa é esta vida!

Que duros estes desterros!
Este cárcere, estes ferros
Onde a alma está metida.

Só de esperar a saída
Me causa dor tão sentida,
Que morro porque não morro.

Ai, que vida tão amarga
Por não gozar o Senhor!
Pois sendo doce o amor,

Não o é, a espera larga;
Tira-me, ó Deus, este fardo
Tão pesado e tão amargo,

Que morro porque não morro.
Só com esta confiança
Vivo porque hei de morrer.

Porque morrendo, o viver
Me assegura a esperança;
Morte do viver s’alcança;

Vem depressa em meu socorro,
Que morro porque não morro.
Olha que o amor é forte;

Vida, não sejas molesta,
Olha que apenas te resta
Para ganhar-te o perder-te;

Vem depressa doce morte
Acolhe-me em teu socorro
Que morro porque não morro.

Do alto, aquela vida
Que é a vida prometida,
Até que seja perdida

Não se tem, estando viva;
Morte não sejas esquiva;
Vem depressa em meu socorro,

Que morro porque não morro.
Vida, que possa eu dar
A meu Deus que vive em mim,

Se não é perder-te enfim,
Para melhor O gozar?
Morrendo O quero alcançar,

Pois nele está meu socorro
Que morro porque não morro.



Aniversário de 502 anos Santa Teresa de Jesus





Começa assim a escrever Dom Alonso Sànchez de Cepeda pai da santa abulense ,livro Teresa de Ávila, da escritora Marcelle Auclair , aos vinte e oito dias do mês de março do ano mil quinhentos e quinze, uma quarta-feira ,nasceu Teresa ,minha filha, às cinco horas da manhã ,meia hora mais, meia hora  a menos, aos primeiros alvores do dia.



O Ângelus da aurora começou a soar na igreja de São Domingos, depois,repicaram todos os sinos de Ávila:os de São João,São Pedro ,Santo Isidro e São Pelaio,São Gil,São Bartolomeu,São Vicente,Santa Cruz,São Cebrião,São Nicolau ,São Tiago,São Romão,Mósen Rubi,os da Catedral,e os dos Conventos:dos beneditinos aos carmelitas,das clarissas às agostinianas de Nossa Senhora das Graças,das franciscanas aos dominicanos de São Tomás.(...)Todas as vozes metálicas ,de todos os santos da Cidade fizeram vibrar as velhas pedras,porque Ávila não havia senão cantos e santos.
A menina recebeu o nome de Teresa ,em memória ,sem dúvida de duas da avós:a bisavó paterna,Teresa Sánchez,e a avó materna,Teresa de las Cuevas.








Foi proclamada em Setembro de 1970 a primeira Doutora da Igreja.Doutorado esse que já exercia durante sua vida de maneira tipicamente feminina.Esse doutorado dá enfoque á própria personalidade religiosa,sabendo ligar uma vida contemplativa intensa com uma atividade indomável;uma atividade espiritual,mistagógica que está no prolongamento do seu ser-mulher e de sua atitude de vida e por elas é carregada e inspirada na sua atitude de vida contemplativa .Trecho do livro Teresa de Ávila, Mulher-Mística –Doutora, Otger Steggink.


A vida de Teresa é uma constante busca da intimidade com Deus.Ela nos ensina a sermos também incansáveis nesta busca.Sua personalidade  foi realmente  extraordinária!  Escrevia como poeta,vivia de forma  mística e seu ardor missionário como fundadora  a fez fundar nada menos que 17 conventos na Espanha.Desapegada do mundo mais integrada na sua família de conquistadores espanhóis foi carmelita autêntica e um dos nomes mais geniais da literatura mística e dos Santos gloriosos de nossa Igreja.




quarta-feira, 22 de março de 2017

Os 25 segredos da luta espiritual que Jesus revelou a Santa Faustina

Como proteger-se dos ataques do demônio


Em Cracóvia, no dia 2 de junho de 1938, o Senhor Jesus ditou a uma jovem Irmã da Misericórdia um retiro de três dias. Faustina Kowalska registrou minuciosamente as instruções de Cristo em seu diário, que é um manual de mística na oração e na misericórdia divina.

Este diário guarda as revelações de Cristo sobre o tema da luta espiritual, sobre como proteger-se dos ataques do demônio. Estas instruções se tornaram a arma de Faustina na luta contra o maligno inimigo.

Jesus começou dizendo: ” Minha filha, quero instruir-te sobre a luta espiritual”. E estes foram seus conselhos:

1. Nunca confies em ti, mas entrega-te inteiramente à Minha Vontade.

A confiança é uma arma espiritual. Ela é parte do escudo da fé que São Paulo menciona na Carta aos Efésios (6, 10-17): a armadura do cristão. O abandono à vontade de Deus é um ato de confiança; a fé em ação dissipa os maus espíritos.

2. Na desolação, nas trevas e diversas dúvidas, recorre a Mim e ao teu diretor espiritual; ele te responderá sempre em Meu Nome.

Em tempos de guerra espiritual, reze imediatamente a Jesus. Invoque seu Santo Nome, que é muito temido pelo inimigo. Leve as trevas à luz contando tudo ao seu diretor espiritual ou confessor, e siga suas instruções.

3. Não comeces a discutir com nenhuma tentação; encerra-te logo no Meu Coração.

No Jardim do Éden, Eva negociou com o diabo e perdeu. Precisamos recorrer ao refúgio do Sagrado Coração. Correr até Jesus é a melhor maneira de dar as costas ao demônio.

4. Na primeira oportunidade, conta-a ao confessor.

Uma boa confissão, um bom confessor e um bom penitente são a receita perfeita para a vitória sobre a tentação e a opressão demoníaca. Isso não falha!

5. Coloca o amor-próprio em último lugar, para que não contagie as tuas ações.

O amor próprio é natural, mas precisa ser ordenado, livre de orgulho. A humildade vence o diabo, que é o orgulho perfeito. Satanás nos tenta no amor próprio desordenado, que nos leva à piscina do orgulho.

6. Com grande paciência, suporta-te a ti mesma.

A paciência é uma grande arma secreta que nos ajuda a manter a paz da nossa alma, inclusive nas grandes tempestades da vida. A paciência consigo mesmo é parte da humildade e da confiança. O diabo nos tenta à impaciência, a voltar-nos contra nós mesmos, de maneira que fiquemos com raiva. Olhe para você mesmo com os olhos de Deus. Ele é infinitamente paciente.

7. Não descuides as mortificações interiores.

A Escritura nos ensina que alguns demônios só podem ser expulsos com oração e jejum. As mortificações interiores são armas de guerra. Podem ser pequenos sacrifícios oferecidos com grande amor. O poder do sacrifício por amor desaloja o inimigo.

8. Justifica sempre em ti, o juízo das Superiores e do Confessor.

Cristo falava a Santa Faustina, que morava em um convento. Mas todos nós temos pessoas com autoridade sobre nós. O diabo tem como objetivo dividir e conquistar; então, a obediência humilde à autoridade autêntica é uma arma espiritual.

9. Foge dos que murmuram, como se da peste.

A língua é uma poderosa embarcação que pode causar muito dano. Estar murmurando ou fazendo fofoca nunca é de Deus. O diabo é um mentiroso que gera acusações falsas e fofocas que podem matar a reputação de uma pessoa. Rejeite as murmurações.

10. Deixa que todos procedam como lhes aprouver; age tu antes como estou a exigir-te.

A mente da pessoa é a chave na guerra espiritual. O diabo é um intrometido que tenta arrastar todo mundo. Procure agradar Deus e deixe de lado as opiniões dos outros.

11. Observa a Regra o mais fielmente possível.

Jesus se refere à Regra de uma ordem religiosa aqui. Mas todos nós já fizemos algum tipo de voto ou promessa diante de Deus e da Igreja e precisamos ser fiéis a isso: promessas batismais, votos matrimoniais etc. Satanás nos tenta para nos levar à infidelidade, à anarquia e à desobediência. A fidelidade é uma arma para a vitória.

12. Se experimentares dissabores, pensa antes no que poderias fazer de bom pela pessoa que te faz sofrer.

Ser um canal da misericórdia divina é uma arma para fazer o bem e derrotar o mal. O diabo trabalha usando o ódio, a raiva, a vingança, a falta de perdão. Muitas pessoas já nos ofenderam. O que devolveremos em troca? Responder com uma bênção destrói maldições.

13. Evita a dissipação.

Uma alma faladeira será mais facilmente atacada pelo demônio. Derrame seus sentimentos somente diante do Senhor. Os sentimentos são efêmeros. A verdade é sua bússola. O recolhimento interior é uma armadura espiritual.

14. Cala-te quando te repreenderem.

Todos nós já fomos repreendidos em algum momento. Não temos nenhum controle sobre isso, mas podemos controlar nossa resposta. A necessidade de ter a razão o tempo todo pode nos levar a armadilhas demoníacas. Deus sabe a verdade. Deixe-a ir. O silêncio é uma proteção. O diabo pode utilizar a justiça própria para nos fazer tropeçar também.

15. Não peças a opinião a todos, mas do teu diretor: diante dele sê franca e simples como uma criança.

A simplicidade da vida pode expulsar os demônios. a honestidade é uma arma para derrotar Satanás, o mentiroso. Quando mentimos, colocamos um pé no terreno dele, e ele tentará nos seduzir mais ainda.

16. Não te desencorajes com a ingratidão.

Ninguém gosta de ser subestimado. Mas quando nos encontramos com a ingratidão ou com a insensibilidade, o espírito de desânimo pode ser um peso para nós. Resista a todo desânimo, porque isso nunca vem de Deus. É uma das tentações mais eficazes do diabo. Seja grato diante de todas as coisas do dia e você sairá ganhando.

17. Não indagues com curiosidade os caminhos pelos quais te conduzo.

A necessidade de conhecer e a curiosidade pelo futuro são tentações que levaram muitas pessoas aos quartos escuros do ocultismo. Escolha caminhar na fé. Decida confiar em Deus, que o leva ao caminho do céu. Resista sempre ao espírito de curiosidade.

18. Quando o enfado e o desânimo bateram à porta do teu coração, foge de ti mesma e esconde-te no Meu Coração.

Jesus entrega a mesma mensagem pela segunda vez. Agora Ele se refere ao tédio. No começo do Diário, Ele disse a Santa Faustina que o diabo tenta mais facilmente as almas ociosas. Tenha cuidado com isso, porque as almas ociosas são presa fácil do demônio.

19. Não tenhas medo da luta: a própria coragem muitas vezes afasta as tentações, que não ousa então acometer-nos.

O medo é a segunda tática mais comum do diabo (a primeira é o orgulho). A coragem intimida o diabo; ele fugirá diante da perseverante coragem que se encontra em Jesus, a rocha. Todas as pessoas lutam, e Deus é nossa provisão.

20. Combate sempre com a profunda convicção de que eu estou contigo.

Jesus pede a Santa Faustina que lute com convicção. Ela pode fazer isso porque Cristo a acompanha. Nós, cristãos, somos chamados a lutar com convicção contra todas as táticas demoníacas. O diabo tenta aterrorizar as almas, mas precisamos resistir ao seu terrorismo. Invoque o Espírito Santo ao longo do dia.

21. Não te guias pelo sentimento, por que ele nem sempre está em teu poder, porem todo o mérito reside na vontade.

Todo mérito radica na vontade, porque o amor é um ato da vontade. Somos completamente livres em Cristo. Precisamos fazer uma escolha, uma decisão para bem ou para mal. Em que lado vivemos?

22. Nas mínimas coisas sê sempre submissa às superioras.

Aqui, Jesus está instruindo uma freira. Todos nós temos o Senhor como nosso superior (representado também pelos padres, confessores, diretores espirituais). A dependência de Deus é uma arma de guerra espiritual, porque não podemos ganhar por nossos próprios meios.

23. Não te iludo com perspectivas da paz, e de consolos, mas prepara-te antes para grandes batalhas.

Santa Faustina sofreu física e espiritualmente. Ela estava preparada para grande batalhas, pela graça de Deus. Cristo nos instrui claramente na Bíblia a estar preparados para grandes batalhas, para revestir-nos da armadura de Deus e resistir ao diabo (Ef 6, 11).

24. Fica a saber que estás atualmente em cena e que toda a Terra e o Céu inteiro te observam.

Estamos todos em um grande cenário no qual o céu e a terra nos olham. Que mensagem estamos dando com nossa forma de vida? Que tonalidades irradiamos: luz? Escuridão? Cinza? A forma como vivemos atrai mais luz ou escuridão? Se o diabo não conseguir nos levar para a escuridão, tentará nos manter na categoria dos medíocres, do cinza, que não é agradável a Deus.

25. Luta como valorosos cavaleiros, para que eu possa recompensar-te; e não temas, porque não estás sozinha.

As palavras do Senhor a Santa Faustina podem se transformar em nosso lema: “Lute como um cavaleiro!”. Um soldado de Cristo sabe bem a causa pela qual luta, a nobreza da sua missão, conhece o Rei ao qual serve; e luta até o final, com a abençoada certeza da vitória.

Se uma jovem polonesa, sem formação, uma simples freira, unida a Cristo, pode lutar como um cavaleiro, um soldado, todo cristão pode fazer o mesmo. A confiança é vitoriosa.

* * *

Para guardar as palavras de Jesus:

“Minha filha, quero instruir-te sobre a luta espiritual. Nunca confies em ti, mas entrega-te inteiramente à Minha Vontade. Na desolação, nas trevas e diversas dúvidas, recorre a Mim e ao teu diretor espiritual; ele te responderá sempre em Meu Nome. Não comeces a discutir com nenhuma tentação; encerra-te logo no Meu Coração e, na primeira oportunidade, conta-a ao confessor. Coloca o amor-próprio em último lugar, para que não contagie as tuas ações. Com grande paciência, suporta-te a ti mesma. Não descuides as mortificações interiores. Justifica sempre em ti, o juízo das Superiores e do Confessor. Foge dos que murmuram, como se da peste. Deixa que todos procedam como lhes aprouver; age tu antes como estou a exigir-te.

Observa a Regra o mais fielmente possível. E, se experimentares dissabores, pensa antes no que poderias fazer de bom pela pessoa que te faz sofrer. Evita a dissipação. Cala-te, quando te repreenderem; não peças a opinião a todos, mas do teu diretor: diante dele sê franca e simples como uma criança. Não te desencorajes com a ingratidão; não indagues com curiosidade os caminhos pelos quais te conduzo; quando o enfado e o desânimo bateram á porta do teu coração. Foge de ti mesma e esconde-te no Meu Coração. Não tenhas medo da luta: a própria coragem muitas vezes afasta as tentações, que não ousa então acometer-nos.

Combate sempre com a profunda convicção de que eu estou contigo. Não te guias pelo sentimento, por que ele nem sempre está em teu poder, porem todo o mérito reside na vontade. Nas mínimas coisas sê sempre submissa às superioras. Não te iludo com perspectivas da paz, e de consolos, mas prepara-te antes para grandes batalhas. Fica a saber que estás atualmente em cena e que toda a Terra e o Céu inteiro te observam. Luta como valorosos cavaleiros, para que eu possa recompensar-te; e não temas, porque não estás sozinha.” (D.1760)

Fonte: http://pt.aleteia.org/2015/09/01/25-segredos-da-luta-espiritual-que-jesus-revelou-a-santa-faustina/

segunda-feira, 13 de março de 2017

Rezar a Via Sacra com Santa Teresa de Jesus





I. JESUS É CONDENADO À MORTE
V. Nós vos  adoramos e vos bendizemos, Senhor Jesus!
R. Porque porque pela vossa cruz remistes o mundo.
Pai- nosso,Ave-Maria e Glória.

Vede-o a caminho do horto! Que aflição tão grande Lhe ia na alma ,já que, sendo todo paciência chegou a confessa-la e a queixar-se dela.(CP,26,5)

Verdadeiramente ,é sinal de grande humildade deixar-se condenar injustamente e não se defender, pois é imitação perfeita do Senhor que assumiu todos os nossos pecados.
(Caminho de Perfeição 15,1)

II.JESUS TOMA A CRUZ NOS OMBROS
V. Nós vos  adoramos e vos bendizemos, Senhor Jesus!
R. Porque porque pela vossa cruz remistes o mundo.
Pai- nosso,Ave-Maria e Glória

Pegai, filhas ,a cruz ,para que Ele não siga tão carregado !(CP,26,7)
...contemplai-o carregando a cruz, sem que os algozes o deixam respirar á vontade. Ele porá em vós ,seus olhos tão formosos e compassivos,cheios de lágrimas e olvidará suas dores para consolar as vossas. Só quer, em paga que os busqueis e vos consoleis com ele e volvais a cabeça para o consolar! (Caminho de Perfeição 26,5)





III.JESUS CAI PELA PRIMEIRA VEZ
V. Nós vos  adoramos e vos bendizemos, Senhor Jesus!
R. Porque porque pela vossa cruz remistes o mundo.
Pai- nosso,Ave-Maria e Glória

Ó Senhor meu , quando penso nos muitos tormentos que padecestes sem de nenhum modo os merecer ,não sei o que diga de mim ,nem onde tinha a cabeça quando não desejava sofrer, nem onde a tenho agora quando me desculpo. Dai-me vossa luz  e fazei-me desejar deveras que todos me aborreçam, já que tantas vezes vos deixei a vós, que me amastes com tanta fidelidade.(Caminho de Perfeição 15,5)
Tropeçando, caindo ,com Vosso esposo ,não vos afasteis da cruz, nem a deixeis.(CP 26,70


 IV.JESUS ENCONTRA SUA MÃE
V. Nós vos  adoramos e vos bendizemos, Senhor Jesus!
R. Porque porque pela vossa cruz remistes o mundo.
Pai- nosso, Ave-Maria e Glória.
A vida é longa, há nela muitos sofrimentos,e devemos ver como o nosso modelo Jesus Cristo os suportou.A companhia do Bom Jesus é proveitosa demais para que nos afastemos dela,o mesmo acontecendo com a da sua Santíssima Mãe.(VI Moradas 7,13)






V.JESUS É AJUDADO POR SIMÃO CIRINEU
V. Nós vos  adoramos e vos bendizemos, Senhor Jesus!
R. Porque porque pela vossa cruz remistes o mundo
Pai- nosso,Ave-Maria e Glória.

Óh, já que estais livres dos grandes sofrimentos do mundo,sabei sofrer um pouco por amor de Deus,sem que todos tenham de sabê-loPorque haveremos de querer tantos bens,deleites,glória,por todo e sempre ás custas do Bom Jesus?..já que não o ajudamos a levar a Cruz ,como o Cirineu. (CP 11,3)



VI.SANTA VERÔNICA ENXUGA O ROSTO DE JESUS
V. Nós vos  adoramos e vos bendizemos, Senhor Jesus!
R. Porque porque pela vossa cruz remistes o mundo
Pai- nosso,Ave-Maria e Glória.
...pois quando penso Nele ou em sua vida e paixão,se recorda de seu mansíssimo e formosos rosto!(VI Moradas,9,14)

VII.JESUS CAI PELA SEGUNDA VEZ
V. Nós vos  adoramos e vos bendizemos, Senhor Jesus!
R. Porque porque pela vossa cruz remistes o mundo
Pai- nosso,Ave-Maria e Glória.
...Cristo é um amigo muito bom, porque O vemos homem ,com fraquezas e sofrimentos,e permanecemos em sua companhia e,quando nos acostumamos,encontramo-lo com facilidade junto á nós..este Senhor se viu privado de todo consolo,restando-lhe apenas os sofrimentos..não O deixemos só,fazendo-o sofrer mais.(Vida 22,10,14)


VIII.JESUS CONSOLA AS MULHERES PIEDOSAS
V. Nós vos  adoramos e vos bendizemos, Senhor Jesus!
R. Porque porque pela vossa cruz remistes o mundo
Pai- nosso,Ave-Maria e Glória.
...não vamos ao menos chorar com as  filhas de Jerusalém? Haveremos de gozar com prazeres  , diversões o que Ele conseguiu para nós,vertendo tanto sangue?(Vida 27,13)

IX.JESUS CAI PELA TERCEIRA VEZ
V. Nós vos  adoramos e vos bendizemos, Senhor Jesus!
R. Porque porque pela vossa cruz remistes o mundo
Pai- nosso,Ave-Maria e Glória.

Pelo mesmo caminho que Cristo pecorreu devem passar os que o seguem.(Vida 11,5)
Se assim é Senhor que tudo isso quereis passar por mim,o que é que eu passo por vós?...
Marchemos juntos Senhor,pois onde fordes ,terei de ir ,por onde marchares ,terei de passar..(Caminho de Perfeição,26,6)


X.JESUS É DESPOJADO DE SUAS VESTES
V. Nós vos  adoramos e vos bendizemos, Senhor Jesus!
R. Porque porque pela vossa cruz remistes o mundo
Pai- nosso,Ave-Maria e Glória.
Pois como, Senhor é possível,que os anjos vos deixem só e que nem mesmo vos console o Vosso Pai?( Caminho de Perfeição 26,6)


XI.JESUS É CRUCIFICADO
V. Nós vos  adoramos e vos bendizemos, Senhor Jesus!
R. Porque porque pela vossa cruz remistes o mundo
Pai- nosso,Ave-Maria e Glória.
Os contemplativos devem levar erguida a bandeira da humildade e sofrer todos os golpes sem dar nenhum,porque o seu ofício é padecer como Cristo,levando bem alto a cruz,não deixar sair das mãos por mais perigos em que se vejam.(Caminho de Perfeição 18,5)


XII.JESUS MORRE NA CRUZ
V. Nós vos  adoramos e vos bendizemos, Senhor Jesus!
R. Porque porque pela vossa cruz remistes o mundo
Pai- nosso,Ave-Maria e Glória.
Ponde os olhos no Crucificado!E tudo vos parecerá pouco...se sua Majestade nos mostrou o seu amor com tão espantosas obras e sofrimentos.Como quereis contenta-lo só com palavras?Sabeis o que significa ser de fato espiritual?É fazer-se escravo de Deus ,marcado com seu selo ,o da cruz.(VII Moradas,4,8)

XIII.JESUS É DESCIDO DA CRUZ E ENTREGUE A SUA MÃE
V. Nós vos  adoramos e vos bendizemos, Senhor Jesus!
R. Porque porque pela vossa cruz remistes o mundo
Pai- nosso,Ave-Maria e Glória.

Mas o que deviam passar a gloriosa Mãe de Deus e essa santa bendita(Santa Maria Madalena).Que ameaças, que más palavras ,que encontrões,quantos desacatos?Que cortesãos encontrariam entre aquela gente?Sim,haviam cortesãos mas do inferno,ministros do demônio.Por certo,deve ter sido terrível o que elas passaram,mas diante d uma dor maior,não sentiram a sua.(Caminho de Perfeição 26,8)
XIV.JESUS É SEPULTADO
V. Nós vos  adoramos e vos bendizemos, Senhor Jesus!
R. Porque porque pela vossa cruz remistes o mundo
Pai- nosso,Ave-Maria e Glória.

Ó Senhor e Bem meu!Como quereis que se deseje vida tão miserável?Não é possível deixar de querer e pedir que nos tireis dela ,a não ser pela esperança de perde-la por Vós ou emprega-la em Vosso Serviço ,e sobretudo pela confiança de estar fazendo a Vossa Vontade.

Viver sem vós não é senão morrer muitas vezes?(Moradas 1,2)



Quaresma 2017




Encontro do dia 11/03/17 - Espiritualidade Cristã

A Comunidade Flor do Carmelo de Santa Teresinha reuniu-se no último sábado para mais uma tarde de formação. A reunião teve início às 14:30 h na Ermida São José do Carmelo Santa Teresinha. A presidente Danielle iniciou com a leitura do Evangelho do dia e convidando a todos para um breve momento de oração mental na qual os membros puderam contemplar e meditar a Palavra de Deus seguindo o método da oração teresiana. 



Dando continuidade foi lida a Mensagem do Papa para a Quaresma 2017, ressaltando esse tempo litúrgico oportuno para a conversão, oração e mudança de vida. 


Após o texto do Papa Francisco, foi falado também sobre São José, nosso pai e fundador espiritual do Carmelo. Dando sequência à Formação Principal, nosso formador Artur iniciou falando-nos sobre o tema Espiritualidade Cristã. Segue um breve resumo do conteúdo apresentado e partilhado em comunidade. 





A Espiritualidade Cristã (Artur Viana)

A palavra "espiritualidade" remete ao espírito, à dimensão espiritual, portanto à vida sobrenatural da alma. A vida espiritual só existe em uma relação trinitária, ou seja, não pode existir uma vida no Espírito se não há uma relação de proximidade com a Pessoa do Filho e do Pai. Desta forma, é óbvio que não se pode falar em espiritualidade cristã se esta não nos levar a uma relação afetiva e pessoal com Deus Trino. É incongruente. Não convém falar em espiritualidade budista, por exemplo, porque para o budismo Jesus não tem relevância como Filho de Deus e Salvador nosso. Ora, como diz são Paulo, se nós só podemos chamar Deus de Pai se for pelo Espírito Santo e se só recebemos o Espírito Santo porque no-lo comunicou o Verbo de Deus encarnado, como falar de vida espiritual sem considerar o Pai e o Filho? Daqui podemos concluir que espiritualidade, na compreensão de vida guiada pelo Espírito e de amizade com Deus, só pode existir no cristianismo (porque somente no Cristianismo a divindade se encarnou e padeceu pelos homens), da mesma forma como, em questão de salvação, defendemos, cremos e afirmamos com a Igreja que, fora dela não é possível salvar-se (isso é dogma de fé!). Então todas as formas de se viver uma vida de interioridade, introspecção, de relação com o transcendente, que foge dessa relação trinitária deve ser entendida como filosofia de vida, não como vida espiritual. Aqui não se trata de intolerância religiosa ou contra-ecumenismo. É simplesmente uma leitura da fé católica, uma leitura muito clara e objetiva, posto que é verdade revelada e proclamada pela Igreja.
Na espiritualidade cristã, podemos encontrar várias espiritualidades, como nos atesta o próprio Catecismo da Igreja Católica n. 2684. Porém essa diversidade de espiritualidade possui algo em comum: são todas cristã, ou seja, só concebem possível uma vida espiritual numa dimensão trinitária. 
Essa diversidade de espiritualidade se justifica pelo fato de Deus inspirar, na história pessoal de seus filhos, um carisma novo que é transmitido aos demais que se identificam e querem colaborar para o Reino de Deus seguindo forma específica de pensar, trabalhar, rezar, celebrar, como existem, no Corpo Místico da Igreja, várias espiritualidades (franciscana, beneditina, carmelita etc.) que, na sua diversidade e unidade, formam a Santa Igreja de Deus, exemplificando muito bem o que São Paulo fala a respeito do Corpo Místico e suas funções. Infra, transcrevo um excerto do Catecismo que se ocupa em falar sobre a Espiritualidade Cristã e sua diversidade.

"Na comunhão dos santos, desenvolveram-se, ao longo da história das Igrejas, diversas espiritualidades. O carisma pessoal de uma testemunha do amor de Deus pelos homens pode ser transmitido, como 'o espírito' de Elias a Eliseu e a João Batista, para que alguns discípulos participem desse espírito. Uma espiritualidade está igualmente na confluência de outras correntes, litúrgicas e teológicas, atestando a inculturação da fé no contexto humano e em sua história. As espiritualidades cristãs participam da tradição viva da oração e são guias indispensáveis para os fiéis, refletindo, em sua rica diversidade, a pura e única luz do Espírito Santo. Citando São Basílio Magno: 'O Espírito é, verdadeiramente, o lugar dos santos, e o santo é para o Espírito um lugar próprio, pois se oferece para habitar com Deus e é chamado de seu templo'."
(Catecismo da Igreja Católica 2684).
Também Santa Madre Teresa nos explica de modo fácil e direto: "Sabeis o que significa de fato ser espirituais? É fazer-se escravos de Deus, marcados com o seu selo, que é a Cruz" (7M 4, 8). 
Em suma: não se pode ser espiritual, ter uma vida no espírito, viver uma espiritualidade se não for em Cristo, isto é, em comunhão com a Trindade.



Após a formação, cantamos a Salve Regina e toda a comunidade dirigiu-se para o recreio no qual participamos do Chá de Baby da Isabela, filha de nosso conselheiro João Paulo e de nossa secretária Luciana.

quinta-feira, 9 de março de 2017

Mensagem do Papa para quaresma 2017






Amados irmãos e irmãs!



A Quaresma é um novo começo, uma estrada que leva a um destino seguro: a Páscoa de Ressurreição, a vitória de Cristo sobre a morte. E este tempo não cessa de nos dirigir um forte convite à conversão: o cristão é chamado a voltar para Deus «de todo o coração» (Jl 2, 12), não se contentando com uma vida medíocre, mas crescendo na amizade do Senhor. Jesus é o amigo fiel que nunca nos abandona, pois, mesmo quando pecamos, espera pacientemente pelo nosso regresso a Ele e, com esta espera, manifesta a sua vontade de perdão (cf. Homilia na Santa Missa, 8 de janeiro de 2016).
A Quaresma é o momento favorável para intensificarmos a vida espiritual através dos meios santos que a Igreja nos propõe: o jejum, a oração e a esmola. Na base de tudo isto, porém, está a Palavra de Deus, que somos convidados a ouvir e meditar com maior assiduidade neste tempo. Aqui queria deter-me, em particular, na parábola do homem rico e do pobre Lázaro (cf. Lc 16, 19-31). Deixemo-nos inspirar por esta página tão significativa, que nos dá a chave para compreender como temos de agir para alcançarmos a verdadeira felicidade e a vida eterna, incitando-nos a uma sincera conversão.





1. O outro é um dom
A parábola inicia com a apresentação dos dois personagens principais, mas quem aparece descrito de forma mais detalhada é o pobre: encontra-se numa condição desesperada e sem forças para se solevar, jaz à porta do rico na esperança de comer as migalhas que caem da mesa dele, tem o corpo coberto de chagas, que os cães vêm lamber (cf. vv. 20-21). Enfim, o quadro é sombrio, com o homem degradado e humilhado.
A cena revela-se ainda mais dramática, quando se considera que o pobre se chama Lázaro, um nome muito promissor pois significa, literalmente, «Deus ajuda». Não se trata duma pessoa anónima; antes, tem traços muito concretos e aparece como um indivíduo a quem podemos atribuir uma história pessoal. Enquanto Lázaro é como que invisível para o rico, a nossos olhos aparece como um ser conhecido e quase de família, torna-se um rosto; e, como tal, é um dom, uma riqueza inestimável, um ser querido, amado, recordado por Deus, apesar da sua condição concreta ser a duma escória humana (cf. Homilia na Santa Missa, 8 de janeiro de 2016).
Lázaro ensina-nos que o outro é um dom. A justa relação com as pessoas consiste em reconhecer, com gratidão, o seu valor. O próprio pobre à porta do rico não é um empecilho fastidioso, mas um apelo a converter-se e mudar de vida. O primeiro convite que nos faz esta parábola é o de abrir a porta do nosso coração ao outro, porque cada pessoa é um dom, seja ela o nosso vizinho ou o pobre desconhecido. A Quaresma é um tempo propício para abrir a porta a cada necessitado e nele reconhecer o rosto de Cristo. Cada um de nós encontra-o no próprio caminho. Cada vida que se cruza connosco é um dom e merece aceitação, respeito, amor. A Palavra de Deus ajuda-nos a abrir os olhos para acolher a vida e amá-la, sobretudo quando é frágil. Mas, para se poder fazer isto, é necessário tomar a sério também aquilo que o Evangelho nos revela a propósito do homem rico.


2. O pecado cega-nos


A parábola põe em evidência, sem piedade, as contradições em que vive o rico (cf. v. 19). Este personagem, ao contrário do pobre Lázaro, não tem um nome, é qualificado apenas como «rico». A sua opulência manifesta-se nas roupas, de um luxo exagerado, que usa. De facto, a púrpura era muito apreciada, mais do que a prata e o ouro, e por isso se reservava para os deuses (cf. Jr 10, 9) e os reis (cf. Jz 8, 26). O linho fino era um linho especial que ajudava a conferir à posição da pessoa um caráter quase sagrado. Assim, a riqueza deste homem é excessiva, inclusive porque exibida habitualmente: «Fazia todos os dias esplêndidos banquetes» (v. 19). Entrevê-se nele, dramaticamente, a corrupção do pecado, que se realiza em três momentos sucessivos: o amor ao dinheiro, a vaidade e a soberba (cf. Homilia na Santa Missa, 20 de setembro de 2013).
O apóstolo Paulo diz que «a raiz de todos os males é a ganância do dinheiro» (1 Tm 6, 10). Esta é o motivo principal da corrupção e uma fonte de invejas, contendas e suspeitas. O dinheiro pode chegar a dominar-nos até ao ponto de se tornar um ídolo tirânico (cf. Exort. ap. Evangelii gaudium, 55). Em vez de instrumento ao nosso dispor para fazer o bem e exercer a solidariedade com os outros, o dinheiro pode-nos subjugar, a nós e ao mundo inteiro, numa lógica egoísta que não deixa espaço ao amor e dificulta a paz.
Depois, a parábola mostra-nos que a ganância do rico fá-lo vaidoso. A sua personalidade vive de aparências, fazendo ver aos outros aquilo que se pode permitir. Mas a aparência serve de máscara para o seu vazio interior. A sua vida está prisioneira da exterioridade, da dimensão mais superficial e efémera da existência (cf. ibid., 62).
O degrau mais baixo desta deterioração moral é a soberba. O homem veste-se como se fosse um rei, simula a posição dum deus, esquecendo-se que é um simples mortal. Para o homem corrompido pelo amor das riquezas, nada mais existe além do próprio eu e, por isso, as pessoas que o rodeiam não caiem sob a alçada do seu olhar. Assim o fruto do apego ao dinheiro é uma espécie de cegueira: o rico não vê o pobre esfomeado, chagado e prostrado na sua humilhação.
Olhando para esta figura, compreende-se por que motivo o Evangelho é tão claro ao condenar o amor ao dinheiro: «Ninguém pode servir a dois senhores: ou não gostará de um deles e estimará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro» (Mt 6, 24).


3. A Palavra é um dom
O Evangelho do homem rico e do pobre Lázaro ajuda a prepararmo-nos bem para a Páscoa que se aproxima. A liturgia de Quarta-Feira de Cinzas convida-nos a viver uma experiência semelhante à que faz de forma tão dramática o rico. Quando impõe as cinzas sobre a cabeça, o sacerdote repete estas palavras: «Lembra-te, homem, que és pó da terra e à terra hás de voltar». De facto, tanto o rico como o pobre morrem, e a parte principal da parábola desenrola-se no Além. Dum momento para o outro, os dois personagens descobrem que nós «nada trouxemos ao mundo e nada podemos levar dele» (1 Tm 6, 7).
Também o nosso olhar se abre para o Além, onde o rico tece um longo diálogo com Abraão, a quem trata por «pai» (Lc 16, 24.27), dando mostras de fazer parte do povo de Deus. Este detalhe torna ainda mais contraditória a sua vida, porque até agora nada se disse da sua relação com Deus. Com efeito, na sua vida, não havia lugar para Deus, sendo ele mesmo o seu único deus.
Só no meio dos tormentos do Além é que o rico reconhece Lázaro e queria que o pobre aliviasse os seus sofrimentos com um pouco de água. Os gestos solicitados a Lázaro são semelhantes aos que o rico poderia ter feito, mas nunca fez. Abraão, porém, explica-lhe: «Recebeste os teus bens na vida, enquanto Lázaro recebeu somente males. Agora, ele é consolado, enquanto tu és atormentado» (v. 25). No Além, restabelece-se uma certa equidade, e os males da vida são contrabalançados pelo bem.
Mas a parábola continua, apresentando uma mensagem para todos os cristãos. De facto o rico, que ainda tem irmãos vivos, pede a Abraão que mande Lázaro avisá-los; mas Abraão respondeu: «Têm Moisés e os Profetas; que os oiçam» (v. 29). E, à sucessiva objeção do rico, acrescenta: «Se não dão ouvidos a Moisés e aos Profetas, tão-pouco se deixarão convencer, se alguém ressuscitar dentre os mortos» (v. 31).
Deste modo se patenteia o verdadeiro problema do rico: a raiz dos seus males é não dar ouvidos à Palavra de Deus; isto levou-o a deixar de amar a Deus e, consequentemente, a desprezar o próximo. A Palavra de Deus é uma força viva, capaz de suscitar a conversão no coração dos homens e orientar de novo a pessoa para Deus. Fechar o coração ao dom de Deus que fala, tem como consequência fechar o coração ao dom do irmão.
Amados irmãos e irmãs, a Quaresma é o tempo favorável para nos renovarmos, encontrando Cristo vivo na sua Palavra, nos Sacramentos e no próximo. O Senhor – que, nos quarenta dias passados no deserto, venceu as ciladas do Tentador – indica-nos o caminho a seguir. Que o Espírito Santo nos guie na realização dum verdadeiro caminho de conversão, para redescobrirmos o dom da Palavra de Deus, sermos purificados do pecado que nos cega e servirmos Cristo presente nos irmãos necessitados. Encorajo todos os fiéis a expressar esta renovação espiritual, inclusive participando nas Campanhas de Quaresma que muitos organismos eclesiais, em várias partes do mundo, promovem para fazer crescer a cultura do encontro na única família humana. Rezemos uns pelos outros para que, participando na vitória de Cristo, saibamos abrir as nossas portas ao frágil e ao pobre. Então poderemos viver e testemunhar em plenitude a alegria da Páscoa.

Vaticano, 18 de outubro de 2016.

Festa do Evangelista São Lucas



FRANCISCO


sábado, 4 de março de 2017

Carmelofolia 2017 - 27/02

As comunidades Flor do Carmelo de Santa Teresinha e Rainha do Carmelo - Fortaleza/CE reuniram-se no período do Carnaval para a realização do Carmelofolia, atividade que há 3 anos faz parte do calendário das comunidades e na qual ocorrem formações, momentos de partilha, oração e recreio carmelitano...
Neste ano, a formação principal teve como tema "O método de oração teresiano" a partir do livro Rezar com Teresa de Frei Patrício, ocd.


Início do Carmelofolia com oração e 
apresentação da programação do dia.


Na apresentação do tema, foi partilhado que no início da oração, no Método Carmelitano, é importante seguir momentos [...], como: 

Querer rezar: decisão firme, constante de querer rezar. 

Preparação remota ou opção fundamental: prepara-nos para o encontro amigo com Deus. 

Preparação próxima: estar atento a tudo o que pode nos ajudar a perceber a presença do Senhor. 

Colocar-se na presença de Deus: reavivar em nós a consciência dessa presença por meio de sentimentos de amor, de adoração e de entrega. 

Leitura: o Evangelho é o livro por excelência. 

Meditação: ruminar a Palavra de Deus. 

Colóquio afetivo ou diálogo: abrir o próprio coração ao Senhor, manifestar-lhe com extrema simplicidade o que se passa em nossa vida. 

Compromisso: nossa oração deve tornar-se vida, transformar nosso dia a dia. 

Ação de graças: agradecer ao Senhor por sua visita a nossa vida, por ter nos permitido a alegria de estar com ele, tê-lo encontrado, por ter nos amado. 

Ação: reza-se para trabalhar mais e se trabalha mais para rezar mais. O encontro com Deus deve levar o homem a assumir com maior responsabilidade e perseverança os seus compromissos.

A Espiritualidade é o jeito de viver praticamente determinada doutrina, é o espírito que anima a vida e orienta a existência de alguém. É o esforço de passar do teórico ao prático.

Qual o método da oração teresiana? O amor, a vontade de buscar a Deus e deixar-se amar por Ele. É caminhar... E os caminhos para se rezar melhor são: o silêncio, a solidão, a humildade, o desapego, a amizade, a abnegação e mortificação, a alegria, o compromisso, o viver em comunhão!




Após a manhã de formação, todos reuniram-se para partilha do almoço. Momento de fraternidade e alegria...

Almoço partilhado


No período do tarde, foi realizado um Recreio onde todos puderam expressar a alegria de ser Carmelita e de viver em comunidade. Com alguns adereços e cantando paródias foram realizadas brincadeiras e algumas dinâmicas... 

Danielle


Messias, João Paulo,
Mariza e Luciana.




Comunidades reunidas...



Regina ensaiando as paródias...


No meu Carmelo eu quero ficar (bis) / Sou de Teresa não posso negar / E pra Teresa o caminho é caminhar...


Ei você aí / Vem se alegrar aqui (bis) / Vem pra cá, aqui é bom / Você vai ver o que é contemplação / Só no Carmelo de Teresa e João / Tem muita alegria, união e oração. 

Músicos prontos para
fazer a festa!!!

Muita alegria, animação e
 "selfies"... 




Apresentação da Danielle...





Mas a alegria não se reduz a sentimentos ou gargalhadas, é muito mais profunda; é uma atitude interior. Podemos ser alegres no sofrimento, na cruz, nas contrariedades, e podemos estar tristes na saúde, no bem-estar econômico, social. A oração sempre dá alegria porque nos põe em sintonia com o Senhor, com sua vontade. Jesus veio para que nossa alegria seja completa... (Frei Patrício)